quinta-feira, 13 de junho de 2013

Mãos de mãe

É suposto as mãos de uma mãe segurarem, abraçarem, acariciarem,guiarem, puxarem, ensinarem, apertarem, confortarem. É normal uma mãe dar a mão a um filho: para atravessar a estrada, para o guiar, para o proteger, para o ajudar, para o ensinar. Tudo isto é aquilo que fazemos pelos filhos sem pensarmos muito nisso. É inconsciente para uma mãe, a necessidade de verificar através do contacto físico, que tudo vai bem com o seu filho. Alguns destes gestos são automáticos, imprimidos no nosso desígnio natural de proteger as nossas crias, de lhes ensinar a lidar com o mundo.
Quando temos uma criança com EB em casa, as coisas mudam também isto. As nossas mãos podem tornar-se perigosas para os nossos filhos borboletas. Por vezes um simples toque pode criar uma ferida. Dar as mãos nalguns casos torna-se impossível. Acariciar, muito levemente.Puxar e apertar, nunca. Confortar, com cuidado. Guiar?
Há mães que não têm de pensar nisto. Aliás, nunca antes tinha pensado nisto com o meu filho mais velho. Mas dei por mim a pensar nisto quando um dia, para percorrer o caminho até à escola, quis dar a mão à Diana. Ela rapidamente puxou a mão para trás das costas. Voltei a oferecer a minha, inconscientemente e sem sequer olhar para o que estava a fazer, e ela novamente fugiu com a mão. Depois olhei para o seu palmo e meio de altura, do alto da minha sabedoria: "Então, Diana, tens que dar a mão!" e fiquei reduzida a retalhos com a resposta: "Não posso, tenho um doi-doi nas mãos." Pois claro. Mais uma bofetada sem mãos de Epidermólise Bolhosa. E assim, ficam as mães de crianças borboletas, com o coração desfeito em cacos. E o que será das mães que têm filhos com variantes mais perversas desta doença? Como será ter de conter todos os abraços? todas as caricias?

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Estivemos no 2 Simpósio de Genodermatoses


Stand da DEBRA Portugal

Sessão de Abertura

Estive no 2º Simpósio de Genodermatoses, organizado pela Dra. Caroluna Gouveia, e que decorreu entre 31/05/2013 e 01/06/2013. Infelizmente não pude estar presente o tempo todo devido a compromissos profissionais mas penso que foi muito positivo para os profissionais de saúde e doentes que assistiram. O Simpósio teve painéis dedicados à Ictiose e à Epidermólise Bolhosa. A Debra esteve presente com um stand informativo e de angariação de fundos. Parabéns à organização por terem trazido a Lisboa, especialistas de renome internacional nesta área.