Diana, segundo a mitologia romana, é a deusa da caça e da lua, sendo associada aos animais selvagens e à floresta, tendo o poder de comunicar com os animais e controlá-los. O culto de Diana, comum a gregos, romanos e celtas, continua persistir nos dias de hoje influenciando não só religiões actuais, como criações artísticas. Diana é também o nome da personagem de banda desenhada mais feminista de sempre: a Mulher Maravilha ou Wonder Woman, de quem fui fã durante grande parte da minha infância, devido à série protagonizada por Linda Carter. Nas palavras do seu autor americano, o objectivo na criação desta personagem em 1941 foi fornecer ao mundo um ídolo claramente feminista cuja missão seria promover os ideais de paz, amor e igualdade sexual num mundo dividido pelo “ódio masculino”.
Não sou daquelas pessoas que ligam ao determinismo das estrelas, números ou significados de nomes. Durante toda a minha vida fui acossada por pessoas que acreditam em tal coisa, procurando vislumbrar nas minhas decisões e acções uma provável razão inscrita no destino estelar, na história bíblica associada ao meu nome ou mesmo na conjugação falaciosa dos números da minha data de nascimento. Acredito no livre arbítrio que cada um de nós tem em construir o seu próprio destino. Quando escolhi o nome dos meus filhos, essa decisão foi tomada em conjunto com o meu companheiro de paternidade. E se houve um consenso no nome do primeiro filho, decidido praticamente desde que nos conhecemos, sem ligarmos grande coisa a significados, mas aliados num gosto pessoal. O nome da nossa princesa já não foi tão consensual.
Partindo de posições diferentes. Foram várias as pessoas que nos deram a sua opinião face aos possíveis nomes e todas teimando que deveria ser um nome com significado histórico ou familiar ainda que moderno o suficiente para acompanhar a geração de pares da bebé. Algumas pessoas preferiam nomes de avós, outras nomes de rainhas portuguesas ou mesmo de princesas espanholas, eu própria preferia um nome tradicional madeirense. Durante algum tempo não houve nenhum acordo e não foi tomada nenhuma decisão, e embora a maior parte das pessoas concordassem, a possibilidade de a minha filha se chamar Leonor, com o diminutivo Nô-Nô, deixava-me aterrorizada. “Nô-Nô???? Poupem-me!”
Já não me lembro bem como chegamos a Diana. No entanto, pareceu-me fazer todo o sentido. Diana. Porque não? É pequeno, simples, moderno. Sei que fui eu que escolhi o nome. “Mais um nome de princesa???” Foi a primeira reacção negativa. Não, Diana não é um nome de princesa ou de rainha. É um nome de Deusa. Por isso esqueçam de tentar afogar a minha filha em significações paranormais ou determinísticas: a minha filha vai ser o que ela quiser e vai ser dona do seu próprio destino. E sem dúvida que vai ser uma Mulher - Maravilha.
Fonte 2
Adorei minha filha de 11 meses também se chama Diana.
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