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28/04/2012 |
Quando fomos entrevistadas pela TVI, solicitaram-me fotografias das feridas da Diana desde que nasceu. Pois bem, só tínhamos fotografias deste género e muito poucas .De facto, não são os primeiros a solicitar esse tipo de fotografias. Alguns médicos também as solicitam. Quando a primeira pessoa me pediu as ditas fotos, a Diana tinha pouco mais de seis meses, fiquei um pouco incrédula a olhar. Nunca me tinha passado pela cabeça documentar feridas que causam dor à minha filha. Se há coisa que não deveria encher álbuns de recordações deve ser fotografias de bolhas, quistos de millia, unhas com distrofia, pele rasgada, pele infectada, crostas, carne viva, e outras coisas afim. Desde esse dia tenho tirado algumas fotos, umas que vou publicando neste blog, outras que vou guardando no cartão de memória da máquina fotográfica ou que apago porque realmente não me faz sentido guardar este tipo de fotografias. Aliás, como vou eu ter coragem de ir revelar as ditas fotografias do cartão, sabendo que vão lá estar no meio algumas de bolhas, feridas e unhas caídas? Aqui fica uma fotografia deste sábado, só para mostrar que os joelhos da Diana continuam vermelhuscos... e as unhas dos dedos gordos do pé já nem existem... mas fora isto até que está bastante bem. Ainda bem que ainda não está tempo para saias, vestidos e calções pois estas feriditas são o suficiente para os bem intencionados me perguntarem sobre os maus tratos que dou à minha filha....
Bem sei que as fotografias são importantes para documentar a evolução da doença, mas desculpem-me lá se acho que prefiro tirar fotografias da sua linda carinha.